"S. Vicente, 16 de agosto de 1967.

Nazarius,

O prof. Pastorino, do Rio, respondeu-me no dia 3 de agosto, autorizando-me a publicar trecho de sua carta, que você copiou à máquina. Ainda mais, autorizou-nos a publicar o seguinte trecho, que escreveu na primeira página de seu A Grande Síntese, quando acabou de ler. Pode publicá-lo com todos os títulos a seu respeito. Vou transmitir esse mesmo texto ao Cônsul. Ei-lo:

“Ao finalizar a leitura desta obra (A Grande Síntese), temos a impressão de haver lido, ressurgido no século XX, um dos grandes profetas bíblicos. Igualá-la, absurdo. Discuti-la, loucura. Mas aceitá-la e senti-la é a prova de que, em nós, há uma centelha da Divindade. Merece, realmente, ser encadernada no mesmo volume que o Novo Testamento, como coroamento das obras dos grandes e primeiros apóstolos. A força e a segurança fazem desta “Grande Sintese” uma continuação natural das Epístolas e do Apocalipse, nada ficando a dever a elas.”

Pastorino me enviará as apostilas mimeografa-das do curso sobre A Grande Síntese, que ele está fazendo.

Estou corrigindo as provas de A Descida dos Ideais. Entreguei ao tradutor Um Destino Seguindo Cristo. Vou iniciar o livro Pensamentos.

Um Grande abraço do seu

Pietro Ubaldi"

"S. Vicente, 30 de agosto de 1967.

Nazarius,

Respondo a sua carta de 23 de agosto. Agradeço-lhe pelas suas boas palavras.

Recebi o seu telegrama pelo meu aniversário. Agradeço.

Entreguei a Kokoska o cheque dos livros vendidos (Cr$ 54.000).

Recebi o pacote de 50 boletins, Avancemos. Ótimo.

Respondo a carta de Clóvis, que me enviou votos pelo meu aniversário.

Rodrigues, de Belo Horizonte, respondeu-me longa carta declarando que está pronto para defender a Obra e a teoria da queda, escrevendo artigos. Um pequeno daria para o seu boletim? Ele é bom espírita e amigo de Romanelli.

Soube da transmissão na Rádio de Brasília, realizada pelo Cônsul? Ele lhe enviou um grande telegrama a respeito.

As provas de A Descida dos Ideais estão, finalmente, corrigidas por mim. Como já lhe disse: Um Destino Seguindo Cristo foi entregue ao tradutor, bem acabado. Foram duas pedras finais bem pesadas.

Você pode transmitir logo, ao Cônsul, uma cópia desta página à máquina, que lhe devolvo, para ser transmitida pela Rádio de Brasília.

O Cônsul não veio este ano.

Lembranças a Dr. Albano, a sua Leinha, de mim e de todos nós.

Um grande abraço, seu

Pietro Ubaldi"

COMENTÁRIO

Desde que esta obra foi lançada aqui no Brasil, em 1950, formam-se grupos de estudos sobre ela. Existem sempre pessoas que têm dificuldades de interpretá-la, mas que estão ansiosas por conhecer outras verdades mais elevadas. Estudá-la em grupo é uma excelente opção.

Vimos que naquele ano havia dois grupos estudando, um em Brasília e outro no Rio de Janeiro, ao mesmo tempo. Em todas as épocas sempre A Grande Síntese foi lida e estudada em grupo. Por isto se encontra na 22ª edição. Em Campos já foi lida por centenas de pessoas e foi estudada na Escola Jesus Cristo, na Casa da Fraternidade Dr. Philippe Uébe e no Instituto Pietro Ubaldi.

Se imprimirmos um dinamismo ao estudo, levando o grupo a opinar, fica ainda mais fácil. Se não ficarmos presos à forma, isto é, aos vocábulos do texto e penetrarmos em seu sentido espiritual, todos compreendem, assimilam e sentem a sua incomensurável sabedoria. Quanto mais se estuda maior é a vontade e o desejo de aprender. Isso significa que o referencial de A Grande Síntese não é espaço-tempo, mas a Lei de Deus; não é a matéria, mas o espírito. Ela foi concebida no plano de consciência intuitivo-sintética, como diz o próprio Autor. Muitos leitores perceberam isto e Carlos Torres Pastorino foi um deles.

Vejamos a opinião de Marc’Antônio Bragadin, Diretor da Revista Ali del Pensiero, que a publicou em sua revista e prefaciou a primeira edição italiana:

“Este livro quase não é filho de nosso tempo, não só por sua ousada e avançada concepção, como também porque não se dobra ao apressado e míope hábito hodierno, que julga as obras pelo estilo e pela forma, em vista da incapacidade de penetrar na sua essência. Não é apenas uma síntese doutrinária de ciência humana, nem um simples sistema filosófico. Sua substância supera todas essas aparências, das quais emerge em todo o seu eterno esplendor de suprema realidade vital.”

Como se imprime um dinamismo ao estudo de A Grande Síntese, em grupo?

O líder do grupo planeja um ou dois capítulos, como tarefa a ser executada, e cada um a lê, em casa, e grifa o pensamento que mais lhe tocou ou o trecho sobre o qual tenha dúvida. No grupo, uma parte do tempo é para os participantes e a outra para o líder apresentar a sua opinião sobre alguns períodos destacados e esclarecer as dúvidas existentes. O Instituto Pietro Ubaldi aplica essa metodologia.

Este método pode ser estendido a qualquer outra obra da coleção.

Atualmente, existem em Campos cinco grupos estudando a Obra, semanalmente.

Alguns já estudaram quase toda a Obra, com algumas repetições, os demais estão estudando com muito entusiasmo.

São grupos grandes que oscilam entre 20 e 60 pessoas, cada um aplicando a metodologia que lhe é própria e conveniente.

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Carlos Torres Pastorino foi outra coluna que sustentou a divulgação da Obra, traduzindo seis livros de Pietro Ubaldi, além das publicações mensais em sua revista Sabedoria, de grande penetração no meio cultural. Ele era um sábio, educado em Roma, catedrático do Colégio Pedro II (Rio de Janeiro) e um dos fundadores da Universidade Nacional de Brasília, Autor de Minutos de Sabedoria e Sabedoria do Evangelho (7 volumes).