Delinquência - Há problemas escaldantes tormentosos ainda por resolver em nossa sociedade, como, por exemplo o da delinquência, que se procura remediar com punições legalizadas.

Delinquente - Os delinquentes, à sua maneira, acreditam estar certos, do mesmo modo que a fera ao devorar a vítima está certa, isto é, no nível da fera.

Demônio - O demônio, eterno inimigo, personifica as forças negativas e involuídas da animalidade, que sobrevive e ressurge das mais baixas camadas da personalidade.

Os seres que chamamos DEMÔNIOS são os involuídos, com instintos bestiais, e não é preciso ir buscá-los muito longe, porque o nosso mundo está cheio deles.

Desencarnado - No estado de desencarnado, o homem encontra-se no mundo dos efeitos, cujas causas foram semeadas na vida por meio de seus pensamentos dominantes e de suas obras.

No período de DESENCARNADO, o ser vive tanto mais acordado, quanto mais é evoluído.

Acordado aqui é no sentido espiritual. Ter conciência de estar desencarnado, ser filho de Deus e continuar servindo ao Pai. Para trabalhar no bem não é preciso estar neste mundo, também pode fazê-lo no outro.

Destino - Cada um constrói o seu próprio destino.

Nossos destinos, nós mesmos os construímos através de nossos atos, no passado ou na presente reencarnação. É sempre bom estar com a consciência desperta para se construir um bom destino.

É importante o problema da correção de trajetória do próprio DESTINO. Importante para a nossa evolução e redenção.

É sempre grande o DESTINO de uma alma que sofre e sofrendo se redime.

Há tantos tipos de DESTINOS quanto são os homens. Destinos que elevam, que estacionam, que descem.

Lembrai-vos que o DESTINO não é malvado, mas sempre justo, mesmo se as provas são pesadas. Recordai-vos que jamais se sofre em vão, pois a dor esculpe a alma.

O verdadeiro rico e poderoso é aquele que é proprietário de um bom DESTINO, é o indivíduo cuja personalidade é composta de forças benéficas, positivas, sadias que, por sua vez, atraem-lhe eventos favoráveis.

Por DESTINO não devemos portanto entender um cego fatalismo, um fato inexoravelmente imposto, mas um impulso anterior, se pode e está em nós corrigi-lo.

Todos os DESTINOS humanos não podem deixar de obedecer à Lei e tem de se desenvolver dentro dos prin-cípios estabelecidos por ela.

Tudo o que pensamos e fazemos permanece escrito, assim construímos o nosso DESTINO.

Determinismo - A evolução representa uma libertação do determinismo e da inconsciência.

Em um universo, no DETERMINISMO, o ser oscila dentro de um campo de relativa liberdade.

Evolutivamente mais embaixo, o ser tem o DETER-MINISMO da matéria.

Quanto mais preso à matéria, maior é o determinismo no destino do ser. Que liberdade tem um animal para dirigir seu destino? Nenhuma. Logo seu destino é determinístico. Que liberdade tem um evoluído para autodirigir-se? Total. Então, ele é o senhor do seu destino e não escravo dos seus instintos.  

Evolutivamente mais no alto, há o DETERMINISMO do evoluído.

Nos planos mais baixos, imersos no Anti-Sistema tudo é DETERMINISMO, tanto mais quanto mais descemos. Se a matéria não estivesse fechada no âmbito de leis determinísticas, a ciência não poderia construir suas teorias.

Deus - A ampliação do campo de nosso conhecimento de Deus e de Sua Lei aumenta cada dia com a evolução, a ciência, o progresso, a civilização.

A evolução leva cada vez mais a sentir DEUS, não apenas transcendente, mas também imanente, até que o indivíduo espiritualizado sinta a presença Dele não somente em si, mas em torno de si. Então se descobrirá que Deus está em toda parte, que o Seu templo é o universo e a alma, que o Seu altar pode ser o coração do homem.

A manifestação de DEUS é progressiva, proporcionada ao grau de evolução alcançado.

A primeira criação foi espiritual e perfeita, como é DEUS, feita de puros espíritos extraídos exclusivamente da Sua substância, porque, além do Todo-Deus, nada podia existir, deste modo, nasce a terceira pessoa da Trindade, o Filho ou S (Sistema), sendo a primeira o Espírito ou pensamento, a segunda o Pai ou ação, a terceira o Filho ou a obra realizada.

A vida quer falar-nos de DEUS cada dia mais claramente, pois ela é Sua glorificação.

O universo inteiro fala de Deus. O reino universal diz: sou filho de Deus, também afirma o reino vegetal, grita o reino animal, proclama o reino hominal, suspira o reino super-humano. Todos são filhos de Deus

Chega-se à unificação de DEUS depois de se haver compreendido, numa síntese conceptual, o funcionamento orgânico do universo, fundindo-se e identificando-se com a alma universal.

Esta síntese conceptual e o funcionamento orgânico do universo se alcança penetrando e se identificando com a alma das coisas. Após essa identificação se atinge a unidade com Deus.

Chegou a hora de tornarmo-nos conscientes colabo-radores de DEUS.

Compreendeis que DEUS não pode ser algo mais e exterior à criação, ou distinto dela; que só o homem que está no relativo pode acrescentar a si, ou devenir além de si, não Deus, que é absoluto.  

Constitui uma descoberta revolucionária chegar a saber que, na profundidade do próprio “eu”, se possui o divino. DEUS, que o animal ignora e o ignorante nega, está tão junto a nós.

De acordo com a Lei de evolução, o futuro caminha em direção ao reino de DEUS.

DEUS é a alma que rege o atual universo, fundida nele, sempre aí presente e ativa.

DEUS é a verdade única, substancialmente idêntica em todas as religiões, na ciência como na fé.

DEUS é livre. Sendo, então, da mesma Substância, a criatura, também deve ser livre.

DEUS é perfeito. Sendo a criatura da mesma Substância também, há de ser perfeita.

DEUS é infinito e a essência de sua manifestação vós a percebeis cada vez mais real, à medida que vossa capacidade perceptiva e conceptual souber penetrar no âmago das coisas.

DEUS não pode ser definido. Definir significa limitar e aqui se fala do ilimitável. Toda definição será uma redução, uma mutilação.

DEUS não pune. Somos nós que punimos a nós mesmos.

Essa concepção remove a velha idéia de que Deus julga e castiga o ser pelo erro cometido, como se fosse juiz e carrasco ao mesmo tempo, enquanto a consciência aguarda com tranquilidade. É mais lógico o ser ir de encontro ao erro e corrigir a trajetória do seu destino.

DEUS no seu aspecto imanente, está fundido e presente na criação.

DEUS, causa primeira sem causa, não tem princípio nem fim e tudo gera sem Ter sido gerado. Deus simplesmente “é”, e tudo Ele “é” não encerrado no limite de nenhuma dimensão.

Diz-se muitas vezes que DEUS está presente. E não há dúvida: Deus está presente. Mas não basta dizer isto. É preciso aprender a perceber esta presença, a compreender o Seu pensamento e seguir o caminho marcado pela Sua vontade.

É certo que o tipo do futuro buscará e orará a DEUS de outra maneira e Lhe obedecerá com mais amor e convicção. Quem sente o Deus imanente, sabe que Ele está sempre presente e não só nos templos, não podendo, por conseguinte, evadir à Sua Lei.

É sublime falar com DEUS, é reconfortante senti-Lo bem perto, principalmente nas horas terríveis.

Podemos conversar com Deus, Ele dialoga conosco, responde aos nossos anseios, acalenta nossas dores, fortalece o nosso espírito, dá-nos paz e tranquilidade.

Instintivamente, o homem criou para si uma idéia de DEUS feita à sua imagem e semelhança, idéia derivada da posição do homem, invertida pela queda no Anti-Sistema.

Na alegria e na dor, na vida e na morte, no bem e no mal, está DEUS; um Deus sem limites, que tudo abarca, estreita e domina, até as aparências dos contrários, que guia para seus fins supremos.

Não obstante a imensa distância que nos separa de Cristo, a que vai do S (Sistema) ao AS (Anti-Sistema), há um fato que nos avizinha Dele: todas as criaturas, mesmo as decaídas, são filhas de DEUS.

No ribombar da tempestade está DEUS; na carícia dos humildes está Deus; na evolução do turbilhão atômico, na arrancada das formas dinâmicas, na vitória da vida e do espírito, está Deus.

O mundo tem sempre pressa, porque está encerrado no tempo. DEUS fala calmo, porque é senhor do tempo.

A pressa é inimiga da perfeição, a pressa é do Anti-Sistema e a calma é do Sistema. A pressa é falta de confiança em Deus.  

O princípio da imanência nos diz que se do universo tirarmos DEUS, resta um cadáver.

Tirar Deus imanente do universo é tirar a vida que o movimenta, o universo sem vida é um simples cadáver.

Os homens escrevem na superfície, mas DEUS esculpe nas profundezas, de onde tudo nasce.

A humanidade está ligada à matéria, por isto vive na superfície, Deus está ligado à substância, ao espírito.

Para criar, DEUS não podia deixar de recorrer à Substância de que Ele era feito. Com esta Substância, Deus criou as criaturas, assim nasceu o S (Sistema).

Pára, escuta e ora. Abre os braços à criação e repete com ela: “DEUS, eu Te amo”! Tua oração, não mais admiração amedrontada pelo poder divino, agora é mais elevada: é amor.

Um dia chegaremos lá, quando nossas orações serão feitas com Amor ou somente Amor.

Passam pela terra seres como o poeta, o gênio, o santo, o herói, tão avançados no caminho da evolução que podemos ver neles um reflexo de DEUS; alguns tão perfeitos que nos aparecem semelhantes a Deus.

Quando o homem tiver se tornado consciente da presença de DEUS em si, o caminho da evolução estará completado, o edifício desmoronado estará reconstruído, a natureza rebelde terá volvido ao Criador.

Que esplendor não ter que imaginar DEUS afastado, longínquo nos céus, mas vivo entre nós, trabalhando ao nosso lado, ajudando-nos em nossa luta para evoluir, com seu imenso poder, bondade e sabedoria!

Quem realmente sente DEUS, O vê e encontra por toda parte, mesmo no contingente cotidiano.

É esse Deus que precisamos senti-Lo cada dia.

Se não nos é dado conceber o DEUS transcendente, podemos, no entanto, ver o semblante do Deus, imanente, pois, que toda forma de existência é uma expressão do pensamento e da vontade Dele, é uma manifestação do Seu ser.

Se quereis somar ao infinito vossos superlativos, dizei ao infinito: isto ainda não é Deus. Seja DEUS para vós uma direção, uma aspiração , uma tendência; seja para vós a meta.

Que Deus seja a nossa meta, a maior aspiração na vida.

Se soubermos a arte de viver em harmonia com DEUS, a nossa existência se deslocará do plano da injustiça e da força em que vive o homem, para o plano da justiça e da bondade em que tudo funciona com princípios diferentes.

Estamos experimentando a arte de viver em harmonia com Deus, com Sua Lei, não é fácil, mas é possível.

Sem DEUS nem mesmo o pecador pode viver, e se ele continua vivendo, isto significa que Deus ainda opera nele.

Tal como o exige a nossa mente, DEUS deve possuir todas as qualidades no grau da mais absoluta perfeição, deve ser absolutamente perfeito em tudo, onipotente, onisciente, absolutamente livre, bom, justo, lógico, uno.

Vossa concepção de um DEUS que cria fora e além de si, acrescentando algo a si mesmo, é absurda concepção antropomórfica, é querer reduzir o absoluto ao relativo.

Dever - Tenho o dever de dar o exemplo, de devolver o que recebi, de dar aos outros a alegria conquistada, o dever de indicar o caminho e testemunhar minha experiência.

Pietro Ubaldi fez isso a vida inteira, deixou  o exemplo que pode ser útil a cada um de nós.

Diabos - Se os diabos não podem ir para o paraíso é porque também ali eles se encontrariam muito pouco satisfeitos, não podendo exercitar-se na sua ocupação preferida, atormentando o próximo.

Aqui diabos podem ser encarnados e desencarnados e atormentar uns aos outros.

Dimensões - As dimensões aparecem e desaparecem ao progredirem. Assim, morrerá o espaço com a matéria, o tempo com a energia, a relatividade com a consciência; mas a Substância ressurgirá em formas e dimensões mais altas, assumindo sempre novas direções.

Razão e intuição, análise e síntese, relativo e absoluto, finito e infinito são DIMENSÕES diferentes, produzidas em planos diversos.

Dinheiro - Cada coisa em seu lugar. Também o sal, na comida, é muito útil, mas se passar da medida exata, estraga-a. O fogo é indispensável para cozinhar, mas se for demasiado, queima tudo. Assim, o dinheiro  é uma força que precisa ser contida e dirigida pelos valores substanciais, que estabelecerão seus limites e uso.

Há um DINHEIRO maldito que só traz maldição a quem o possui: o dinheiro que Judas pagou o campo de sangue.

É uma advertência muito útil que abre nossa mente para observar a origem do dinheiro que recebemos.

Não nos rebelamos contra o DINHEIRO honesto, fruto do trabalho, abençoado por Deus; mas contra o DINHEIRO ensanguentado que gera tantas dores, amaldiçoado por Deus.

O erro consiste no DINHEIRO demasiado, não honesto, fruto não do trabalho, meio não para coisas boas, mas fim em si mesmo.

Quem quiser, portanto, realizar uma obra, principalmente se for espiritual, precisa em primeiro lugar afastar certos elementos e proteger-se contra o DINHEIRO que os atrai.

Para a Obra do bem não precisamos preocupar-nos tanto com o dinheiro porque ele chega na hora certa e medida exata.

Distância - Vossas distâncias psicológicas são maiores e mais difíceis de serem vencidas que as distâncias de espaço e de tempo.

Como é dificil vencer a psicose do medo, da conquista de bens materiais etc.

Divina - A Divina Providência está pronta a ajudar, desde que haja merecimento e necessidade.

Divindade - Não deveis medir a Divindade como medis a vós mesmos; não tenteis defini-La, muito menos com aquilo que serve para definir-vos a vós mesmos, por multiplicação e expansão de vosso concebível.  

É muito comum tentar compreender o Divino, tomando como referencial nós mesmos, ainda mergulhados no Anti-Sistema. Para senti-Lo é preciso mudar de referencial, usar o do próprio Deus

Não reduzais a DIVINIDADE as formas antropomórficas, não a restringeis a conceitos feitos à vossa imagem e semelhança.

A Divinidade só pode ser concebida com o referencial do espírito.

Doença - A doença não é uma derrota, porque existe para ser superada, faz parte do processo evolutivo, pelo qual o direito de vencer pertence ao consciente, mais adiantado do que o subconsciente, porque a lei da vida é o progresso.

Nenhuma doença pode representar para nós uma derrota. Podemos aproveitar a sua presença para vitória do espírito

Dor - A anulação da dor é feita corajosamente através da dor. Por isso, ela pode ser colocada no caminho das ascensões humanas.

A DOR bate, martela, consome e reedifica. É um martelar rítmico, lacerante, que fere e desperta as profundezas do ser.

A DOR é a campainha de alarme que, com notas bem claras, nos avisa de estarmos fora da estrada, impelindo-nos a retomar o caminho certo, a fim de nos livrar dos sofrimentos.

A DOR é a grande mestra da vida, mas não basta sofrer  ¾  é preciso sofrer utilmente.

A DOR é o caminho da libertação que nos conduz ao mundo super-humano.

A DOR não é somente um fenômeno de reação orgânica e psíquica, mas uma lei de equilíbrio moral.

Quando a dor nos atinge, buscamos descobrir suas causas, encontrando-as, procuramos recompor-nos, então o equilíbrio, moral e espiritual, é restabelecido.

A DOR pode piorar os maus, mas sem dúvida melhora os bons.

A DOR prepara o caminho às profundas introspecções.

A dor faz o ser meditar, refletir e encontrar Deus em suas profundezas.

Abraça a DOR, ama-a, e ela perderá sua força.

Depende de nós o saber ascender para vencer a DOR, o saber sofrer reagindo na forma mais elevada.

Estudai no grande livro da DOR. Sabei sofrer, se quereis subir.

Existem as nossas próprias DORES que sempre nos parecem tão grandes. Existem as dores físicas e as dores morais. Existem as dores grosseiras da matéria e as dores sutis do espírito. Existem dores tão refinadas que consomem toda a alma por dentro.

Quando diz "existem dores tão refinadas que consomem toda a alma por dentro", Pietro Ubaldi está falando das que ele abraçou durante a vida. Descobriu as suas causas e viu que eram suas, bem suas. Faziam parte do seu destino.

Há DORES feitas sob medida para os pobres, os ignorantes, os fracos, os ricos, os homens cultos, os poderosos, para cada um.

Lembra-te de que a DOR não é eterna porém uma prova que dura até que se esgote a causa que a gerou.

Não procures nos outros a origem de tua DOR, mas sim em ti mesmo, e arrepende-te.

O exemplo do sacrifício de Cristo diz a todos que sem DOR não há salvação.

Se a DOR faz a evolução, a evolução anula progressivamente a dor.

Sem DOR não se evolui, não se reconstrói, não se reconquista o paraíso perdido.