Fé - A alma sente a utilidade da fé na luta e conhecendo-a, não a abandona jamais.

A ciência tem necessidade da FÉ e da intuição para alcançar as altas zonas misteriosas que escapam ao raciocínio frio e aos métodos experimentais.

A maioria das descobertas científicas que fez o mundo evoluir foi alcançada pela intuição do gênio.

A FÉ de olhos escancarados é muito mais sólida do que a de olhos fechados.

A FÉ é a esperança que a vida nos impõe, ainda quando tudo pareça perdido, é um instinto que vem do Deus presente.

Para convencer é necessário estar convencido, assim como para ter FÉ é necessário primeiro tê-la dentro de si, isto é, crer a sério, com fatos e não só com palavras. A pregação que não corresponde à realidade da vida não persuade e se toma o hábito de escutá-la apenas como uma bela apresentação.

Tende FÉ ainda que o céu esteja negro, o horizonte fechado e tudo pareça acabado, porque lá sempre está à espera uma força que vos fará ressurgir.

Felicidade - A chave da felicidade não está na força ou na astúcia, mas na justiça e no mérito.

A Lei quer a nossa FELICIDADE, mas esta só é concedida a quem permanecer em sua ordem.

A Lei quer FELICIDADE desejada e compreendida e não felicidade imposta.

A verdadeira FELICIDADE, que nos satisfaz, não está fora, no plano material, mas dentro de nós mesmos.

Como quer a bondade da Lei de Deus, a FELICIDADE está em nosso caminho, esperando por nós, para ser atingida com o nosso esforço.

Da outra margem da vida, outras forças velam por ti e te estendem os braços, mais do que tu ansiosas pela tua FELICIDADE.

O segredo da FELICIDADE está em nos libertarmos de nosso passado inferior, da animalidade, para avançarmos no caminho da evolução, está em nos afastarmos sempre mais do inferno do AS (Anti-Sistema), para nos aproximarmos do paraíso do S (Sistema).

O segredo da FELICIDADE está em saber mudar o nosso destino de involuído no de evoluído.

Para chegar à FELICIDADE completa do S (Sistema), é necessário haver percorrido todo o caminho de puri-ficação e redenção, experimentando tantos sofrimentos quantas são as imperfeições de que é feita a nossa natureza de cidadãos do AS (Anti-Sistema).

Tudo se transforma à medida que subimos; o terreno, a paisagem, o ambiente, a visão, o ar que respiramos; como se transformam, também, para a espiritualidade, os próprios conceitos de liberdade e FELICIDADE.

Fenômeno - Cada fenômeno tem um tempo próprio, que lhe mede o transformismo: não existe uma unidade universal de medida, nem uma dimensão absoluta idêntica, invariável para todos os fenômenos.

Para compreender os fenômenos que acontecem conosco e fora de nós é bom conhecer os dois parâmetros de referência: espaço-tempo e a Lei de Deus.

Cada FENÔMENO tem uma lei e essa lei é um ciclo. Cada fenômeno existe enquanto se move de um ponto de partida para um ponto de chegada.

Por exemplo: o fenômeno reencarnatório, os períodos de subida e descida para evoluir ainda mais, os acontecimentos históricos, os ciclos de vida e morte da matéria etc.  

Coloco o FENÔMENO místico na sequência evolutiva do fenômeno inspirativo.

O fenômeno inspirativo leva o inspirado a entrar em contato com a fonte para captar a revelação. O fenômeno místico é uma identidade entre o místico e a fonte que lhe deu origem.

O FENÔMENO inspirativo é de natureza vibratória.

Por FENÔMENO, entendemos qualquer acontecimento de nossa vida desde aqueles mínimos, individuais, até os grandes fenômenos históricos.

Franciscano - A castidade franciscana é, antes de tudo castidade no espírito, que confere ao indivíduo a posse de si mesmo.

A castidade franciscana funciona quando o indivíduo alcança o domínio de seus instintos.

A pobreza FRANCISCANA é, antes de tudo, um ensinamento de renúncia à riqueza.

Esta virtude significa o desapego total dos bens materiais,ainda que os possuam.

Obediência FRANCISCANA no mais amplo sentido, é humildade; é a virtude que suprime a exagerada consciência e expanção do eu.

A obediência franciscana freia o individualismo, o personalismo, a prepotência do indivíduo.

As três virtudes FRANCISCANAS representam o ciclo da redenção, isto é, a destruição completa do homem velho e a reconstrução do super-homem.

Cada uma das virtudes FRANCISCANAS, individual-mente, significam progresso espiritual.

Os ideais FRANCISCANOS auxiliam a alma humana a sair da sua crisálida de animalidade.

Os três votos FRANCISCANOS: pobreza, castidade e obediência, podem representar na Terra, uma síntese das virtudes cristãs.

Francisco - Atingido seu ápice espiritual, a vida de  Francisco não mais tinha motivo de continuar sobre a Terra e cede ao cansaço do corpo; esgotado pelo grande incêndio, extingue-se cantando as harmonias da criação.

Na hora de partir, São Francisco pediu aos companheiros que cantassem para ele, assim se despediu deste mundo.

Com os três votos básicos da sua regra, FRANCISCO de Assis quis despedaçar os correspondentes instintos fundamentais do homem, a eles contrapondo com virtudes três impulsos opostos. Ao 1º instinto, o de possuir, ele contrapôs o voto da pobreza; ao 2º instinto, o do sexo, contrapôs o voto da castidade; ao 3º instinto, o do egocentrismo dominador, contrapôs a regra da obediência.

Falei sobre FRANCISCO com a alma trêmula de veneração e amor como quem olha um gigante que se encontra na vanguarda do caminho da vida, que se move nos cimos vertiginosos de perfeição que desejaríamos atingir, mas em face dos quais as pobres forças humanas caem, prostradas.

Esse espírito de veneração, também Frei Leão, o corderinho de Deus, tinha por São Francisco.  

FRANCISCO era capaz de ouvir em todas as coisas, forças e criaturas, a voz de Deus presente.

Porque São Francisco se identificava com o Criador e com todas as criaturas.

Há quem possa crer que a santidade de S. FRANCISCO constituiu-se no dormir no chão e vestir-se de saco e há quem creia que seja possível alcançar a santidade imitando-o nisto. Mas a sua santidade consistia, não nessas últimas consequências, mas em sua causa primeira, ou seja no incêndio espiritual que ardia naquela grande alma e que se não alcança com imitações formalísticas.

Para sentir a palavra de Cristo, FRANCISCO devia tornar-se semelhante a Ele na dor e no amor.

Parece estranho ver como um São FRANCISCO possa exercer um fascínio sobre o tipo normal, que está muito longe de pensar que um santo desses possa jamais ser verdadeiramente imitado por ele.

Estamos longe de poder imitar São Francisco, mas podemos seguir suas pegadas ainda que seja em nosso nível evolutivo, muito distante do seu.

S. FRANCISCO é cérebro, S. Francisco é coração. É profundeza de conceito, é intensidade de paixão.

S. FRANCISCO não somente conquista os povos, mas muito mais, as leis biológicas.

S. FRANCISCO não é de fato, filho exclusivo de seu século, mas de todos os tempos.

S. FRANCISCO não morre porque o seu ideal faz parte integrante da vida humana.

S. FRANCISCO não será o fenômeno histórico ultra-passado, mas um ser que vive conosco.

S. FRANCISCO nos ensinou a libertação de tantas ne-cessidades que nos escravizam.

S. FRANCISCO, como o Cristo, deseja auxiliar a huma-nidade a fim de elevá-la à redenção.

S. FRANCISCO, o grande senhor de recursos espirituais, foi um mestre de reconstrução.