Paixão - A minha paixão é subir, sutilizar-me espiritualmente.

As PAIXÕES são grandes forças que não devem ser destruídas, mas utilizadas e elevadas, já que na evolução tudo caminha por continuidade.

Minha PAIXÃO é evadir-me das baixas camadas da animalidade humana.

Palavra - Minha palavra é universal como a luz do sol.

Minha PALAVRA se dirige às profundezas da consciência.

Minha última PALAVRA é de amor, de paz, de perdão, para todos.

Paraíso - A idéia de paraíso exprime, justamente o estado ao qual a evolução levará o homem no futuro.

É necessário subir do inferno, onde a discórdia cria a infelicidade, ao PARAÍSO, onde a concórdia gera a felicidade.

No fundo da descida está o inferno; no ápice da subida, o PARAÍSO.

O PARAÍSO é o reino da ordem, da harmonia, da paz.

O problema do PARAÍSO, isto é, de nossa felicidade, como todos os problemas humanos, é um problema individual, antes que seja um problema coletivo.

Somos, pois, pobres seres decaídos no mal e na dor. Triste tributo este, que é justo porque foi desejado. Mas Deus está junto de nós. Ele está junto de nossa humanidade no seu aspecto de Cristo, que conosco colabora na reconquista do PARAÍSO perdido.

PARAÍSO e inferno são estados mentais de alegria ou dor, criados por nós mesmos, existentes cada um na forma por ele próprio gerada.

Passado - O passado não morre, mas revive sempre no presente.

Todo o PASSADO nos liga ao que fomos e fizemos. O que semeamos, devemos colher.

Paz - Eu venho para unir, não para dividir; trago paz e não guerra.

Quanta PAZ dá à alma o Evangelho com sua confiança em Deus.

Pecado - Como para as doenças há médico e farmácia, também para os pecados, as religiões oferecem todos os remédios.

O denominado PECADO original, a ingestão do fruto proibido da árvore do bem e do mal, não simboliza o ato sexual, necessário à vida, mas a degradação do amor espiritual em amor carnal, do qual deriva apenas uma gênese falsa, destinada a acabar na morte.

O PECADO é agradável, porque satisfaz a própria natureza inferior. Por isso se pratica. A renúncia para subir é penosa. Por isso se foge dela.

Pensamento - A nossa visão avança e com isto o universo se torna para nós sempre mais pensamento.

Preocupados, com a matéria, nem prestamos atenção que o universo verdadeiro é o espiritual. Cada ser é um espírito em evolução.

Com os PENSAMENTOS e atos atuais, construímos os hábitos e instintos futuros, que dirigirão nossos pensamentos e atos de amanhã.

Na minha registração inspirativa, sempre observei que a técnica funcional do PENSAMENTO é, neste caso, diversa da que utilizo no estado normal, para os comuns trabalhos mentais da vida. O primeiro é um pensamento espontâneo, automático que foge ao controle e à análise, independente da minha vontade de pensar e esforço de raciocínio para compreender. Parece até que os dois tipos de pensamentos sejam antagônicos e se elidam, porque a intervenção consciente do pensamento cerebral paralisa o funcionamento do intuitivo.

O criador das obras do PENSAMENTO é o ser que  está mais perto de Deus na Terra.

O homem que cria no PENSAMENTO já opera fora do espaço e do tempo.

Se opera fora do referencial espaço-tempo, está operando com o referencial do espírito.

O PENSAMENTO é vibração e transmite-se por onda. Esta excita apenas as vibrações de ondas afins. O que desperta uma idéia em vossa consciência ou memória é precisamente a presença da onda, idéia afim.

O PENSAMENTO se materializa, passando do superconsciente ao subconsciente, através do dinamismo do consciente.

O superconsciente intui, o consciente controla, o subconsciente fíxa.

Os resultados dos acontecimentos dependem de nossa conduta e esta depende de nossos PENSAMENTOS que, por sua vez, dependem de nossa forma mental, isto é, das qualidades individuais.

Religiões, filosofias e ciência, síntese de todo PENSAMENTO humano, ainda vão unificar-se espiritualmente.

No futuro todas vão usar o mesmo referencial: Deus.

Perdão - O perdão representa vantagem, porque liberta quem perdoa de todas as consequências, ao mesmo tempo que não apaga o débito do ofensor, o qual tem de prestar contas não a um homem (o ofendido), mas a Lei de Deus.

Quem apenas PERDOA, não reage e não exige compensação, mas admite a ofensa e a dívida dos outros, a seu respeito. Mas, para que se transfira completamente de nós para a Lei a função realizadora da justiça, é necessário não conservar na mente a lembrança da ofensa, nem a do ofensor.

Sobre cada espinho nasceu uma rosa, sobre cada dor uma alegria, sobre cada ofensa uma carícia de PERDÃO.

Palavras de Pietro Ubaldi em relação a ele mesmo, mostrando como se perdoa.

Período - Cada período divide-se em três fases que são espírito, energia, matéria. Apresentam-se nesta ordem sucessiva no período de descida ou involução, e na ordem inversa, no período oposto, no evolutivo, que é o nosso.

Na descida a substância divina permaneceu inalterável em cada fase, assim permanece no seu retorno ao Pai: Para não confundir o espírito com a matéria, da qual é o seu princípio diretor, basta usar o referencial Deus ou a Lei.

Enquanto o primeiro PERÍODO da queda ou involução significara destruição do universo espiritual e a criação ou construção de nosso universo físico, este segundo período de subida ou evolução significa a destruição da matéria como tal e a reconstrução do universo originário, espiritual.

Personagem - O nosso personagem queria ser cristão segundo Cristo e não de acordo com o mundo. Uma paixão mística o dominava, numa ânsia de ascensão para viver o seu ideal sempre mais intensamente. Tudo fazia sob o olhar de Cristo, sentia o pensamento e o calor que emanava daquela presença.

Personalidade - A evolução avança para uma progressiva expansão da personalidade.

A nossa PERSONALIDADE é constituída por tudo o que herdamos do passado, vivido com a nossa experiência, lançado e confirmado por longa repetição,  agora volta com uma inabalável vontade de continuar se rea-lizando na mesma direção, resistindo a toda tentativa de desvio.

Isso tanto para o bem quanto para o mal, daí a grande vantagem de fincar a nossa personalidade no bem.

A PERSONALIDADE é constituída por um feixe de forças em movimento e o destino é a trajetória desse movimento.

A PERSONALIDADE humana não é um ponto, mas uma zona onde se distinguem três partes: subconsciente, consciente e superconsciente.

Cada um de nós é uma PERSONALIDADE resultante de um conjunto de qualidades bem definidas, mas em contínua transformação, razão pela qual, o ser existe em forma de uma trajetória em curso, como entidade que navega através do seu transformismo, individuada pelo típico feixe de forças que a constituem.

É mais fácil remover uma montanha do que remover um tipo de PERSONALIDADE, fruto de quem sabe quantos milênios de vida.

Esses são os três tipos biológicos da PERSONALIDADE: a besta, o homem e o super-homem.

Nós estamos na fase hominal, querendo superar a besta e alcançar a super-humana. A besta - os instintos negativos, o homem - a razão, a super-humana - a intuição.

Na sua estrutura, a PERSONALIDADE humana poderia ser comparada ao espectro solar: infravermelho (sub-consciente), espectro visível (consciente), ultravioleta (superconsciente).

Ninguém pode deixar de ser o que é e agir conforme a sua PERSONALIDADE. As nossas obras nos perseguem e somos feitos de nosso passado.

O estudo de nossa PERSONALIDADE significa um profundo ato de introspecção, que se realiza através de um severo e sincero exame de consciência.

Para saber pensar e agir por si próprio, é preciso ter uma PERSONALIDADE.

Quando a PERSONALIDADE se desloca através de seu transformismo e percorre a trajetória do seu destino, nesse caminho ela atrai para si as forças afins que encontra e repele aquelas com as quais não sintoniza.

É bom examinar se a nossa personalidade está atraindo somente coisas boas ou coisas más também. O caminho para nos acercarmos só do bem, já conhecemos: vigilância e oração.

Pietro Ubaldi - Agora posso compreender o que ganhei com não ter querido perder tempo a ocupar-me de riquezas. Se tivesse corrido atrás delas, não teria em mão senão um filme de experiências terrenas de negócios que me teriam pregado neste ambiente inferior. Triste resultado. Bem ao contrário, encontro-me tendo nas mãos uma riqueza minha, que me leva um pouco mais para diante em direção ao S (Sistema). Isto muda a minha posição evolutiva, impelindo-me para mais alto plano de existência, o que é o resultado máximo que se pode obter numa vida. Na próxima existência, com um cérebro mais aperfeiçoado, órgão adequado às novas capacidades mentais adquiridas e produto de um ambiente mais adiantado, poderei dispor de meios de compreensão e expressão mais evoluídos para satisfazer ainda mais a minha máxima aspiração, que é evoluir.

Fantástico, pensa em retornar à Terra para evoluir ainda mais. Pietro renunciou a sua riqueza, pouco antes de começar a missão. Era rico e se fez pobre, para que com a sua pobreza nós nos enriquecêssemos.

PIETRO UBALDI - É neste vazio das coisas terrenas que atinjo a plenitude das coisas do céu. Quanto mais me afasto do que é humano, tanto mais me avizinho das coisas divinas. Delas se enche esta imensidade deserta, para que se abram as portas do céu e apareçam as grandes visões. Elas constituem já uma aproximação, um antecipar-se da libertação, tentativa e ensaio de uma vida maior que me espera. Nesta paz infinita se vai formando pouco a pouco a grande corrente que se agiganta e se torna poderosa; toma-me, absorve-me em seu seio, depois me envolve como num turbilhão e me arrasta consigo para longe. Para onde? Não sei. Leva-me para outro plano de existência, onde já não sou eu que penso, mas o universo. E a sua vida que pensa dentro de mim, porque não existo mais como eu separado, que vive e pensa isoladamente, mas sou um eu unido ao todo, um elemento que vive e pensa como um momento da vida e do pensamento do existir universal. Encontramo-nos, então, verdadeiramente fora do mundo, para além dos seus limites e das suas dimensões.

Estas palavras estão no último capítulo de Um Destino Seguindo Cristo, que foi escrito em Grussaí (a 30 Km de Campos) quando passava o verão  de 1964 em companhia do casal Arléa e José Amaral.

PIETRO UBALDI - O cérebro envelhece e desaparece. Eu fico. O corpo morre. Eu vivo. A minha vida se desloca do plano físico ao espiritual e se concentra na sua parte mais alta, que não morre. O meu ser se enfraquece em um nível e se fortalece em outro, no qual sobrevivo. Quanto mais o corpo definha, tanto mais me fortaleço no espírito. Morro de um lado para ressuscitar do outro. Tenho a sensação de morrer só na parte inferior de mim mesmo. E uma separação que não dá nenhuma sensação de perda, porque vale mais a parte que se adquire. Como é belo morrer quando se viveu assim! Fica-se na parte mais profunda e vital do próprio ser!

Plano - Cada um gravita segundo o próprio peso específico, no próprio plano evolutivo.

Peso específico aqui tem o sentido espiritual, o parâmetro é o espírito.

Para ascender a um PLANO biológico superior é necessário haver percorrido os inferiores.

Planta - Aquela pobre ignorante plantazinha sabe, pois, viver por si mesma, conhece os meios adequados para isso, proporcionados ao seu escopo e ao ambiente, sabe escolhê-los e coordená-los. Ela quer viver. Ela quer crescer e sabe crescer. Ela quer reproduzir-se e sabe como fazê-lo.

Dentro dessa PLANTA existe uma alma, embora sem o grau espiritual que atingiu no homem; ainda que não passe de uma esmaecida manifestação que o consciente universal ou alma do Todo extendendo à periferia da sua manifestação, individualização particular, diante do Todo, imersa no inconsciente.

É o seu psiquismo que a orienta na vida.

Pobre - As classes que mais possuem devem cooperar, de todos os sentidos, com classes mais POBRES e menos evoluídos.

O POBRE de hoje pode encontrar no Evangelho uma autorização à conquista do seu bem estar, uma legitimação do seu esforço para subir.

O princípio de assistência ao POBRE, a suavização ou a supressão das desigualdades econômicas é um dever e se expande sempre mais no mundo inteiro, inclusive nos regimes capitalistas.

Ora, se o POBRE hoje está adquirindo direitos, implica para ele, também, o cumprimento de correspondentes deveres.

POBRE de espírito quer dizer: permanecer, mentalmente, desprendido daquilo que se continua a possuir materialmente. Trata-se de uma posição assumida, corrigindo a parte negativa da riqueza e transformá-la em positiva, de tal forma que a posse não seja condenação.

Pobreza - A POBREZA não surge para ser contemplada, nem pode ser resolvida com paliativos, mas é um problema que enfrenta desafios em busca de solução. Logo, a pobreza, hoje, é um defeito dos povos e não uma virtude, sendo indispensável que se lute para eliminar este defeito.

A verdadeira POBREZA - a indigência - é um degradante rebaixamento ao nível de vida animal, que pode levar a um retrocesso involutivo e paralisar o desenvolvimento de um povo.

Hoje, em vez de fazer da POBREZA um problema espiritual sem resolvê-lo, deve-se procurar suprimi-la com meios positivos de técnica produtiva e de organização econômica coletiva. Diz um provérbio chinês: "Se quiseres ajudar um pobre, não lhe dê um peixe, mas ensina-o a pescar".

No passado, em muitas ordens religiosas, voto de POBREZA significava, na realidade, voto de ociosidade. Hoje, em nosso caso, voto de pobreza quer dizer voto de trabalho, oposto como reação corretiva ao abuso de quem vive na abundância sem trabalhar, servido pelo labor dos outros.

Poder - O homem não está ainda maduro para conceber e exercitar o poder como função social, para o bem coletivo.

Polêmica - Quem polemiza, mesmo que seja para sustentar a mais sagrada das verdades, revela a sua natureza de involuído, que nunca consegue afastar-se do método do seu baixo nível evolutivo.

Positividade - Positividade significa retidão, honestidade, sinceridade, justiça, responsabilidade etc., qualidades possuídas pelo indivíduo e usadas no lan-çamento da sua trajetória. Negatividade significa o contrário.  

Povo - Não é o povo que escolhe, elegendo um chefe (os sistemas eletivos não o são em absoluto) mas é o chefe que, por ser o mais poderoso, conseguiu vencer todos os outros pretendentes, e se faz livremente escolher pelo povo em grande parte sugestionado e inconsciente.

Os POVOS, como os indivíduos, devem aprender por si mesmos, por meio de seus erros e dores.

Prece - A atitude fundamental da prece deve ser de obediência, de adesão à vontade de Deus, de harmonização entre nós e a Sua Lei que é perfeita.

Na PRECE cada qual revela sua própria natureza, isto é, demonstra neste seu ato para com Deus todas as qualidades do seu tipo biológico.

Previdente - Cristo nos diz que para ser previdente não é necessário estar angustiado, pois a ânsia que, frequentemente, introduzimos em nosso trabalho, é uma força negativa, como uma nuvem negra, que obscurece a compreensão e estorva as diretrizes, diminuindo a produtividade.

Primitivo - Neste nível, primitivo, não pode existir senão a ética do próprio interesse. A ética diz que se deveriam seguir os ditames da consciência. Mas para o primitivo, os ditames da consciência são exatamente os do seu interesse.

O PRIMITIVO é forte e ignorante, procura suprir a falta de inteligência com a brutalidade; é tão ingênuo que acredita seja possível vencer com a força.

O PRIMITIVO é rápido em suas decisões porque pensa pouco e age muito.

Quanto mais o ser é PRIMITIVO, tanto menor é o patrimônio de idéias que possui para se orientar e resolver os casos da sua vida. Assim, os seus problemas da consciência são muito simples.

Princípio - Imitir o princípio espiritual de um ser humano na forma física de um animal, de um inseto, seria como querer que o oceano entrasse num rio.

Os dois PRINCÍPIOS fundamentais da Obra são: imparcialidade e universalidade.

Esses dois Princípios são os que orientam a divulgação da Obra, pelo Instituto Pietro Ubaldi.

Progredir - Cada conquista perde valor, se não serve para avançar. O caminho da subida está feito para ser percorrido. A lei é progredir. A evolução é uma pista onde não é possível deitar-se para dormir.

Progresso - Do progresso nascerá o novo tipo biológico, base das humanidades futuras.

O processo de espiritualização interessa de perto à vida, porque significa PROGRESSO ao longo do caminho da evolução, que nos seus níveis elevados se resolve em espiritualidade.

O PROGRESSO caminha em direção a Deus e as manifestações mais elevadas são: bondade e justiça.

O PROGRESSO coletivo não pode ser alcançado senão com o progresso de cada um.

O PROGRESSO é uma conquista laboriosa e só pode realizar-se por etapas.

Propriedade - A PROPRIEDADE é ainda um fato sadio e necessário ao homem no seu nível atual, embora esteja pronto a fazer mau uso dela.

A vida não quer a PROPRIEDADE monopolizante, exploração do próximo, mas uma propriedade função-social para o bem coletivo.

Quanto mais se civiliza uma sociedade humana, tanto mais o conceito de PROPRIEDADE se transforma em sentido anti-separatista, isto é, em função de utilidade coletiva.

Um dos maiores abusos da PROPRIEDADE e riqueza é o de aproveitá-los como meio de luxo e ócio, em vez de cumprir com o dever de utilizá-las como meio para realizar um maior trabalho produtivo, em proveito da sociedade.

Uma PROPRIEDADE maculada por desonestidade, furto, exploração do próximo, uma riqueza injusta, é um fenômeno desequilibrado que não pode manter-se de pé e portanto cedo ou tarde acaba desfazendo-se.

Protagonista - A maior sabedoria de nosso protagonista foi a de amar e assim domesticar a dor.

Aqui o protagonista é Pietro Ubaldi, mas pode ser você, eu, qualquer um..

A realização dos sonhos do PROTAGONISTA estava situada muito longe da Terra. Aqui era apenas um exilado de passagem, dirigindo-se para outros lugares. Não vivia apenas uma breve existência no mundo, porém uma vida imensa na eternidade. Ele tinha nascido e existia para produzir uma Obra de pensamento que não era apenas uma construção espiritual para o bem dos outros.

Algo de indelével emergia do passado do PROTAGONISTA, impressões potentes que os milênios não tiveram a força de fazer esquecer. Por momentos aflorava da profundidade do seu espírito, como uma visão, a recordação de uma figura querida e sublime, que encarnava o seu ideal e constituía o seu modelo. Contemplava-O, reconhecia-O, não podia esquecê-Lo. Ele, o Cristo, era o centro da sua vida, como um destino que não se pode deixar de seguir.

A visão refere-se ao apostolado junto de Cristo, na Galiléia e em toda Palestina.

Aquela luz estava antes da culpa e depois da expiação do PROTAGONISTA. Cristo era a sintonização mais palpitante daquela vida e sempre ressurgia diante daquela alma, sempre com profunda emoção. Este era o sulco mais fortemente traçado e que ali se tornara indelével.

A Obra representava a ascensão a um novo grau de evolução que aproximava o PROTAGONISTA sempre mais do seu modelo. Havia entrado no seu campo gravitacional, e a sua órbita já não podia girar senão ao redor Dele, Cristo, restringindo sempre mais as suas espirais.

Cristo esplendia no destino do PROTAGONISTA, no seu passado e no seu futuro.

Evangelicamente, o PROTAGONISTA suportava e exer-citava as virtudes da humildade e da paciência.

O centro da vida do PROTAGONISTA estava no espírito.

O Evangelho para o PROTAGONISTA era uma afirmação, uma conquista, um acréscimo de vida, uma expansão, e não, como significava para o mundo, uma repressão ou uma mutilação. Era por isso que ele vivia o Evangelho: não por um esforço de virtude, mas para sua satisfação. No fundo, ele se realizava conforme a sua natureza.

O passado do PROTAGONISTA era, sem dúvida, ex-tenso e rico de profundas experiências.

O PROTAGONISTA havia cometido, por certo, uma queda, que agora exclamava, fatalmente, justiça e expiação.

O Protagonista refere-se a uma reencarnação anterior a esta que descera espiritualmente.

O PROTAGONISTA opera a própria transformação, a ascensão espiritual.

O PROTAGONISTA por intuição, obtivera uma visão do funcionamento orgânico do universo.

O PROTAGONISTA via a grande e amada figura de Cristo andar pelas Terras da Galiléia, às margens do lago de Tiberíades; de Belém a Nazaré, a Jerusalém; da pobre manjedoura ao Getsêmani e ao Gólgota.

Os evangelistas mensionam apenas dois apóstolos que acompanharam Cristo do Getsêmani ao Gólgota, Pedro e João. Esta visão está no capítulo trinta de História de um Homem, rica de detalhes com uma nota no rodapé. É a reencarnação de Pietro Ubaldi há dois mil anos, na Palestina.

Providência - Há uma Divina Providência para cada um.

Quando tivermos merecido, podemos ter certeza de que se verificará para nós o milagre da Divina PROVIDÊNCIA: nada nos deixará faltar do que precisarmos, seja para a alma, seja para o corpo.

Pietro Ubaldi teve oportunidade de ver a Divina Providência funcionar muitas vezes em sua vida.

Psicanálise - A causa da neurose coletiva, que se vai cada dia mais espalhando, é a desordem espiritual, é a coisa mais urgente a curar. Eis como a psicanálise, se cumprir uma função orientadora, pode adquirir uma grande importância social.

A função fundamental da PSICANÁLISE pode ser não somente a de corrigir defeitos e curar doenças, mas a de ajudar o ser a evoluir, seguindo o caminho que vai do AS (Anti-Sistema) ao S (Sistema), impulsionando-o para formas de vidas progressivas e mais felizes.

A tarefa da PSICANÁLISE é a de construir destinos sadios e felizes, dando saúde às almas, curando os doentes, fortalecendo os fracos, sanando feridas, tudo isso no terreno do espírito, como o médico do corpo faz no terreno da vida física.

Psicanalista - A função do psicanalista não é a de combater as neuroses só para superá-las, mas é a de acompanhá-las utilizando-as para ajudar o desen-volvimento do paciente.

A tarefa do PSICANALISTA é a mesma da Lei, é a de impulsionar e dirigir o paciente para que volte ao caminho certo, reconstruindo-se na ordem da qual se havia afastado.

Na prática, o PSICANALISTA tem que lutar contra duas exigências opostas: 1) a de impulsionar o paciente pelo caminho da evolução, superando os instintos inferiores, porque este é o caminho da salvação; 2) a de tratar os complexos, eliminando os choques que os gerou, no esforço para realizar aquela superação.

O método de tratamento, por sublimação, pode ser aplicado com tanta maior amplitude quanto mais o paciente é evoluído. O tratamento deve ser proporcionado às capacidades de compreensão e reação do indivíduo. Cabe ao PSICANALISTA compreender e julgar.

O PSICANALISTA pode tornar-se além de médico, mestre de evolução, funcionando, também, como construtor de personalidade.

Psiquismo - A ameba já possui todas as propriedades básicas biológicas: metabolismo, movimento, respiração, digestão, secreção, sensibilidade, reprodução e psiquismo.

A ameba é um ser vivo unicelular, em evolução, com forma e substância, corpo e princípio diretor.

Com o homem, o PSIQUISMO assume um poder preponderante na evolução, um poder tão decisivo que tornou consciente do fenômeno da evolução, até o ponto não só de compreendê-lo, como de assumir a direção dele.

O homem além do instinto e da razão, é dotado de intuição, embora na fase embrionária para os menos evoluídos.

No animal, o PSIQUISMO nele ainda inconsciente para enfrentar o ambiente, produz, plasmando a matéria celular do organismo físico, alguns órgãos determinados, que funcionam como instrumentos.

O PSIQUISMO individual sobrevive nas plantas, nos animais, no homem.